num ano que ainda não se imaginou
deus fritou os computadores¹.
todos, não deixou nenhum.
apagou, ao simples clique
do mouse divino
incontáveis gigabytes
de terabytes
de bytes, bytes
de informação.
e era toda a informação.
assim pôs em estado de choque, não de graça,
toda a humanidade.
a humanidade.
reduzida a nada,
testada na maior provação
que os mitos jamais conheceram²,
de norte a sul, leste a oeste,
cima a baixo,
nada.
quem mais sentiu foram os piratas
que mantinham no ar sua barca imensa
de bens que'aviam saqueado³,
deixada à mercê do sopro forte ^4
das interpéries da vontade divina
também o sentiram os poetas
não publicados - e nem por isso menores
cujas almas acabaram
perdidas pra sempre em blogs
nos anais extintos da informação -
ontem eternos
aos pobres corações inflados
deles todos, nós.
deram-se bem os marginais,
os postos-à-parte-de-tudo
os cabeça-oca, cabeça-feita,
care-free, mind-blowned
angel-headed once
mysteries flying
high above
the trouble cloud
at last vanished by ^5
---
¹ fonte duvidosa.
² nem sequer sonharam.
³ em ataques invisíveis.
^4 ventania.
^5 verso incompleto.
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